DIÁLOGOS GIGANTES

Fala mais alto por favor

37 vozes sobre tudo o que sentimos

Guilherme, Rio de Janeiro-RJ

Olhar pra dentro é difícil. E poesia, segundo aprendi, é quando você enxerga o que está dentro de você. Tive ótimos professores, cheios de vida, que nos davam muita força. E queriam que eu escrevesse poesia. Demorei pra começar, não entendia bem por que deveria falar sobre coisas tão íntimas.

Sou morador do Rio de Janeiro, bairro da Pedra de Guaratiba, mais ou menos uma hora de carro do Cristo Redentor. Sei que todo mundo ouve falar de todos os problemas que os moradores da cidade enfrentam. Temos as cenas de enchentes, bala perdida, polícia e ladrão na televisão todo dia. Mas a minha escola é diferente. Tenho orgulho de dizer que estudei no Colégio Estadual Hebe Carmargo. Os mesmos professores e professoras que queriam que eu escrevesse mais, também me deram muita força para que eu acreditasse em mim mesmo. A escola é rara, mas os depoimentos de alunos que tiveram suas vidas transformadas por lá são muito comuns.

Quando participei do Diálogos Gigantes, senti muita coisa mudar dentro de mim. Nunca tinha visto um lugar tão cheio de jovens como eu, todos da minha idade, vindos de lugares parecidos. Jovens que passaram pelas mesmas coisas que eu passei, que diziam as coisas que eu também dizia. Que falavam a mesma língua.

Tudo acontece muito rápido. Eram 37 pessoas falando ao mesmo tempo, todas vindas de iniciativas apoiadas pelo Instituto. O projeto nos coloca no centro de discussões muito sérias sobre o futuro. Isso é muito forte pra gente, muito empoderador. Queremos falar sobre nossa educação, sobre o racismo que sofremos, sobre nossas questões de gênero. Sobre as mesmas balas perdidas que aparecem na televisão todos os dias. Finalmente, conseguimos colocar pra fora a nossa realidade do jeito que ela é. Eram 37 vozes e mesmo assim, sabíamos que tinha alguém que ia escutar. Fizemos um manifesto que fala muito do que sentimos. Aliás, o manifesto não “fala”, grita. Apresentar nosso texto em um teatro, para uma plateia imensa e querida, foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida.

Hoje, trabalho na Claro e tudo o que vivi nos projetos do Instituto mudou minha maneira de ver o mundo. Sei que sou mais forte. E que juntos, somos mais fortes ainda. Ainda penso muito nos meus professores e nas aulas de poesia. O que não entendia na época da escola, é que quando olhamos para dentro e conseguimos traduzir tudo o que vivemos, falamos mais alto do que todo esse barulho ao redor.

Vidas transformadas na visão de quem viveu os projetos

Beethoven na viela

Rodrigo, Rio de Janeiro-RJ

ação social pela
música brasil

Uma rua de cada vez

Luma, São Gonçalo-RJ

Diálogos Gigantes

Uma volta ao mundo

Brenda, São Luiz - MA

Campus Mobile

você sabe o que é um tracajá?

Nilcinha, Manaus - AM

Pé-de-pincha

O futuro vai chegar num minutinho

Joelma, Mogi das Cruzes - SP

EDUCONEX@O

Vidas transformadas na visão dos colaboradores claro

Primeiro, vem aqui e tira o crachá

Estelita, Manaus - AM

Asume

Tudo que sinto é o vento no rosto

Ricardo, Rio de Janeiro-RJ

Bike Claro

Fala mais alto por favor

Guilherme, Rio de Janeiro-RJ

Diálogos Gigantes

vamos sorrir juntos um dia

Brenda, Rio de Janeiro-RJ

Dupla escola

Astronautas coloridos e golfinhos na piscina de bolinhas

Adriane, Porto Alegre-RS

Conexão Voluntária