Um mundo melhor passa diretamente por melhorias nas grandes cidades e nas relações coletivas. E é exatamente esse o objetivo da categoria Smart Cities do Campus Mobile: estimular os participantes a pensarem soluções que tornem a vida nos grandes centros brasileiros mais humana e sustentável.
As possibilidades de atuação para garantir cidades mais inteligentes são extensas. Apesar do avanço tecnológico das últimas décadas, nem sempre as inovações alcançam a população e fazem a diferença no seu dia a dia. Como resultado, inúmeras são as áreas e serviços que poderiam se beneficiar da tecnologia e ainda não são, como a mobilidade urbana, a qualidade do ar, a oferta de cultura, soluções para o meio ambiente, entre outros.
“Quando se pensa em cidades inteligentes, certamente se pensa em melhorar a qualidade de vida das pessoas. Uma oportunidade muito interessante de se explorar isso é justamente ‘conhecer a cidade’, ou seja, disponibilizar dados e interações relevantes”, indica recomenda o engenheiro elétrico e tutor do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-USP), Erich Panzenboeck Lotto.
“Como o celular é uma ferramenta amplamente disponível para o cidadão, é natural querer interagir com serviços por esta mídia. E, uma vez que tenha acesso à informação, a tecnologia contribui positivamente com o exercício da cidadania”, destaca.
A necessidade de pensar soluções para a vida urbana também possui um caráter de urgência. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) lembram que mais da metade da população mundial – 3,5 bilhões de pessoas – vivem atualmente nas cidades, utilizando de 60 a 80% do consumo de energia e sendo responsáveis por aproximadamente 75% da emissão de carbono. Nessas áreas, soluções mobile, de inteligência artificial e de internet das coisas (IoT) podem realmente fazer a diferença!
Demandas sociais e ambientais
A Smart Cities é a categoria do Campus Mobile que mais dialoga com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Além da busca por soluções criativas e empreendedoras para tornar as cidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis (objetivo 11); também são bem-vindos projetos para assegurar água potável e saneamento (objetivo 6); energia limpa e sustentável (objetivo 7); infraestrutura e industrialização sintonizadas ao meio ambiente (objetivo 9); de produção e de consumo sustentáveis (objetivo 12) e que façam frente às mudanças climáticas (objetivo 13).
Já na esfera social, cidades inteligentes também demandam soluções que contribuam para a erradicação da pobreza (objetivo 1); que promovam o trabalho decente e o crescimento econômico (objetivo 8); assim como uma sociedade pacífica e com justiça acessível a todos (objetivo 16).