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Em tempos de globalização dos mercados em que a informação entre os povos ocorre com a extrema facilidade de um clique, investir em inovação é uma questão de sobrevivência. Assim, as empresas ganham fôlego e passam a ter capacidade de agregar valor aos seus produtos, conferindo certa diferenciação neste ambiente competitivo.

O entendimento de que para ser empreendedor há de se ter um pensamento de um negócio sustentável é uma constante em todas as edições do Campus Mobile, que está em sua oitava edição.

Somadas às quatro categorias que já tinha, o programa ganha este ano duas novas: saúde e games. Em todas as modalidades da competição, a preocupação com inovação constante é contemplada.

“Eu fico muito orgulhoso de ver um programa como esse, porque a gente ensina um pouco e estimula uma coisa que a cultura brasileira não faz com tanta frequência, que é investir no conhecimento técnico e na intimidade com a tecnologia”, afirma o líder de digital e inovação da Claro, Rodrigo Duclos, entrevistado neste quarto podcast de uma série de seis áudios sobre o Campus Mobile.

“Um dos problemas de várias startups é o amor à ideia. ‘Bota na rua’ e começa a aprender”, afirma Rodrigo Duclos (Foto: Gabriel Jabur)

 

“Ela [a tecnologia] é super importante. Quem ‘coda’ [programa] bem faz um software melhor, quem se dedica a fazer isso, faz melhor, tem um produto melhor”, completa.

Quem entra nesse mercado tem que estar sempre conectado com as tendências e novidades do setor digital, acreditando constantemente que o projeto nunca está terminado. “Tem que ser curioso. O Steve Jobs dizia ‘stay foolish, stay hungry’. Foolish porque a gente precisa ser meio bobo pra questionar as premissas. Quem sabe tudo, não aprende nada. E stay hungry, ou seja, continue faminto, focado, obsessivo, animado, acho que tudo isso tem muito a ver com ciência”, aconselha Duclos.

Outra dica que pode ser ouvida no podcast diz respeito a um certo comportamento conservador na hora de programar. “Fazer pesquisa antes, não sei não. Eu acho que tem que ter uma boa hipótese e aí testa, abandona a hipótese rápido. Um dos problemas de várias startups é o amor à ideia. ‘Bota na rua’ e começa a aprender”, recomenda o fundador do Be On, o hub de inovação da Claro.

O objetivo principal do participante do Campus Mobile é criar deias e soluções para mobile que promovam impacto social e benefícios à população. “Inovar pra melhorar o mundo, pra melhorar a vida das pessoas, pra ter uma vida mais divertida e produtiva, pra gente ter uma vida melhor. Inegavelmente, a tecnologia tem seus ônus, mas vem um monte de coisa boa. Inovar pra fazer melhor e pra se manter aprendendo, curioso, faz bem pra saúde. Exercício intelectual mantém a gente saudável, não é só o corpo também”, avisa o executivo.

No áudio, Duclos ainda elenca inúmeros outros benefícios de se participar do programa imersivo que tem o patrocínio do Instituto Claro.

Transcrição do áudio:

Rodrigo Duclos:
O programa é pra se divertir, risco zero; ambiente desafiador, estimulante.

Tem gente do Brasil inteiro, a gente se sente no Brasil. A gente percebe o tamanho e a vibração, assim, do Brasil e do jeito do Brasil. É muito contagiante!

O programa nasceu com um caráter educacional quase e ele tá se transformando num pilar mesmo de contato da Claro com a academia, com a sociedade e com esse segmento.

Vinheta “Instituto Claro – Campus Mobile”

Música de fundo

Marcelo Abud:
Você já parou para pensar que a palavra “podcast”, na origem, representa a junção de “Ipod” e “Broadcast”, ou seja, transmissão para aparelhos iPod? iPod lembra Apple, que lembra Steve Jobs. Steve Jobs é praticamente sinônimo de “Inovação”. E inovar é o objetivo principal de quem participa do Campus Mobile.

Nesta série de 6 podcasts do Instituto Claro sobre o programa, o entrevistado neste quarto episódio é o líder de digital e inovação da Claro, Rodrigo Duclos. Ele começa explicando o que considera ser necessário para se ter sucesso na prática de inovar.

Rodrigo Duclos:
Muita gente fala que a Apple é uma empresa super inovadora. Quando fez o que fez ela não necessariamente inovou, ela executou brilhantemente. Outra coisa chocante: o Steve Jobs falava que a Apple não fazia pesquisa. Não é que não ouve o cliente, só não entrega pro cliente o job de definir a tua estratégia. Agora, entender o que o cliente acha do que tu “botar na rua”  é fundamental. A pesquisa é depois não é antes. Então faz rápido, pega a tua ideia e executa rápido. “Bota na rua” e começa a aprender. Isso é a essência do lean startup. 

Música: Rep, Gilberto Gil
“O povo sabe o que quer / Mas o povo também quer o que não sabe / O povo sabe o que quer / Mas o povo também quer o que não sabe / Menos realce, mais vida real”

Marcelo Abud:
Duclos cita um exemplo de um empresário que fazia scooter e que também queria passar a fabricar carros.

Rodrigo Duclos:
Ele deu um jeito, montou uma fábrica para fazer carro, saiu o primeiro carro e todo mundo disse que o carro era horroroso. E, hoje, essa empresa comprou uma grande montadora europeia… É isso, a ideia não é o ponto, a execução é fundamental. E a execução melhora quanto mais rápido aprende. Fazer pesquisa antes, não sei não. Eu acho que tem que ter uma boa hipótese e aí testa, abandona a hipótese rápido. Um dos problemas de várias startups é o amor à ideia. Então testa e deu errado e acha que é o mercado que está errado, “a minha ideia é que é boa”. E fica lá insistindo naquele negócio em vez de aproveitar a informação riquíssima que é o feedback.

Música: “Metamorfose Ambulante” (Raul Seixas), com Zé Ramalho
“Eu quero dizer / Agora o oposto do que eu disse antes / Eu prefiro ser / Essa metamorfose ambulante”

Marcelo Abud:
Nesse caminho de encontrar um produto que seja aceito pelos consumidores, levar em consideração respostas mais duras do mercado é fundamental para os próximos passos.

Rodrigo Duclos:
Se criou um termo que é o “pivotar”, basicamente eu vou com a minha ideia para o mercado, eu recebo críticas e sugestões e ali eu percebo que tem uma outra oportunidade que eu não tava vendo, que usa um pedaço do que eu fiz, mas é outro negócio, outro mercado, outro tudo. Eu acho que essa coisa do “pesquisa bastante antes” e tal é uma ideia pré-industrial, é pra ganhar escala, pra não arriscar. E isso está calcado numa premissa: é muito caro arriscar. Essa premissa que mudou com a tecnologia: hoje é muito barato arriscar!

Música Tente outra vez (Raul Seixas), com Barão Vermelho
“Você será capaz / De sacudir o mundo / Tente outra vez!”

Rodrigo Duclos:
É um pouco de transformar esse jeito hierárquico, tradicional, processual das empresas numa coisa mais fluída, mais adaptável, mais rápida, uma organização com maior capacidade de aprendizado, de arriscar e que o Campus Mobile dá ferramentas, exercita, a gente faz ‘hackatons’, faz seções de mentoração …

Música: Desconstruindo Amélia, Pitty
“E eis que de repente / Ela resolve então mudar / Vira a mesa / Assume o jogo / Faz questão de se cuidar”

Rodrigo Duclos:
E aí eu vi a menina virando para as amigas e dizendo “meu, ano que vem eu volto aqui ‘codando’”. “Eu vou aprender esse negócio, eu vou programar!”. Agora é o momento de ter ideia, praticar, expor, errar. Eu acho que o jogo aqui é aprender a absorver, ser esponja, se expor ao máximo que puder, interagir o máximo…

Marcelo Abud:
Para que este produto tenha relevância social, deve ser pensado para um consumo em escala, que supra necessidades do presente, sem afetar as gerações futuras. Em outras palavras: que se pense no desenvolvimento sustentável.

Rodrigo Duclos:
Nada mais social do que criar emprego. Nada mais sustentável do que eliminar desperdício. Acho que esse é o grande mote do milênio, da nova era: o trabalho não termina quando acaba o expediente. A gente tá sempre pensando, a gente tá sempre criando. Ser criativo e ser produtivo são coisas que são inerentes e, ao fazer isso, o impacto social, ecológico vem junto. Não existe criar valor destruindo ambiente. Faz parte da lógica do capitalismo moderno, as empresas mais rentáveis são as que olham isso de uma forma séria.

Marcelo Abud:
O fundador do hub de inovação da Claro traça um perfil que considera ser ideal para quem quer se inscrever no Campus Mobile.

Rodrigo Duclos:
A ideia de ser curioso. O Steve Jobs tem um vídeo famoso que ele dizia stay foolish, stay hungry. Foolish porque a gente precisa ser meio bobo pra questionar as premissas. Quem sabe tudo, não aprende nada. Não tem como aprender se a gente já sabe. O cara que sabe tudo não aprende. Então ser meio bobão é fundamental pra gente questionar o óbvio. Às vezes, no óbvio, é que tem as oportunidades de inovar. E stay hungry, ou seja, você continue faminto, focado, obsessivo, animado, acho que tudo isso tem muito a ver com ciência. Os alunos na universidade tão na fase de descobrir um monte de coisa, descobrir o que que eles querem, com quem que eles se dão bem, o que que eles gostam…

Música: Caçador de mim (Milton Nascimento e Fernando Brant), com 14 Bis
“Longe se vai / Sonhando demais / Mas onde se chega assim / Vou descobrir / O que me faz sentir / Eu, caçador de mim”

Marcelo Abud:
Para Rodrigo Duclos, há inúmeros benefícios para quem participa do Campus Mobile.

Rodrigo Duclos:
Eles ganham desafio, motivação, amigos, muitos ganham uma viagem para São Paulo, alguns ganham a viagem pro Vale do Silício, mas acho que ganham um monte de informação, ganham vários desafios.

Marcelo Abud:
O desafio está para começar! Rodrigo Duclos deixa um recado final, com seu toque muito pessoal de inovação.

Rodrigo Duclos:
Venham, né? Chega, né? Para de me ouvir e vai escrever o projeto, vai, testa três, quatro hipóteses, já faz um rabisco e vai pro shopping e testa, vê qual que é melhor. Mete as caras e submete os projetos. Vão lá, é divertido!

Música: Mais uma vez (Renato Russo)
“Se você quiser alguém em quem confiar / Confie em si mesmo / Quem acredita sempre alcança…”

Música de fundo

Marcelo Abud:
Viver, hoje em dia, sem os proveitos da tecnologia é impossível. A comunicação é um exemplo básico de como a inovação muda os hábitos de vida das pessoas com o uso intensivo, por exemplo, dos smartphones e tablets.

Mas a tecnologia é mais do que isso: tornou-se um meio de sobrevivência humana, já que investir em inovação pode ser um negócio altamente lucrativo se for sustentável.

Continue ligado nesta série de 6 podcasts para inspirar sua inovação no Campus Mobile.

Com apoio de produção de Daniel Grecco, Marcelo Abud para o Instituto Claro.

Música: Mais uma vez, Renato Russo e 14 Bis
“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena / Acreditar no sonho que se tem / Ou que seus planos nunca vão dar certo / Ou que você nunca vai ser alguém….”

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