A exposição Pirlimpimpim, que chega ao MuBE nesta terça-feira, 3 de julho, é uma mostra coletiva que traz obras produzidas por 25 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social do bairro Jacutinga em Jataí, Goiás. Com auxílio da Love & Art Children´s Foundation, instituição fundada pela artista brasileira Alécia de Menezes Seidler em Los Angeles, Califórnia, o grupo de jovens participou de oficina de artes e produziu trabalhos mesclando técnicas e materiais, como purpurina, pedras semi-preciosas, cristais Swarovski, cristais de rocha, peças em metal, tecidos, dentre outros. A exposição fica até o dia 8 de julho, no MuBE e a entrada é gratuita.

Estará também na exposição uma escultura de escada em metal, doada pelo designer e arquiteto Dror Bencheritt para a inauguração da “Casa da Criança Amor e Arte”, em Jataí. A escada traduz uma linguagem clara e consistente: seus degraus tortuosos refletem a vida de crianças sofridas pela exclusão social, mas na incongruência significa também a própria “Love & Art” oferecendo a oportunidade de ascensão.

As obras da mostra Pirlimpimpim fazem parte da quinta coleção de arte produzida pela Love & Art Children´s Foundation. Outras três coleções foram produzidas em Los Angeles e uma em Paris. O trabalho com o grupo de Goiás teve início em julho de 2009 e durou até 2012, onde os jovens participaram ativamente das oficinas de artes onde aprenderam a incorporar em seus trabalhos aplicações e colagens de materiais e objetos diversos, dando formas, relevos e espessuras, construindo sobreposições e criando novas dimensões.

O título Pirlimpimpim faz analogia entre o pó de pirlimpimpim, que tinha o poder de transportar as personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo quando se encontravam em uma situação de risco, com a ação mágica e transformadora da arte.

A Pirlimpimpim é uma celebração à infância brasileira com toda a sua riqueza cultural, vivacidade e liberdade criativa. A mostra resulta em um trabalho único e inovador que educa, desperta e aguça o interesse e o gosto pela arte e encanta tanto crianças quanto adultos. 

Apesar da temática da coleção ser permeada pela diversidade, alguns artistas foram bastante influenciados pelo contexto espacial em que se encontravam no processo de criação de seus trabalhos. Fragmentos de organismos vivos retirados do próprio local de criação, terra vegetal usada como pigmento, pedras orgânicas, cipós, cabaça, sementes, troncos e cascas de árvores são incorporados às obras de modo que a natureza torna-se um agente ativo na arte, se expõe com seus volumes, saem da tela e avançam em direção ao olhar e ao toque do expectador, desafiando e convidando à reflexão e ao respeito ao meio ambiente.

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