Programas e atendimentos oftalmológicos destinados à população de baixa renda ajudam a garantir o acesso a óculos mais baratos. O primeiro passo é a consulta com um oftalmologista, que é o responsável pela identificação do grau do paciente e também por diagnosticar doenças nos olhos.

Esse atendimento pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para marcar a consulta, é necessário que o paciente acesse primeiro uma unidade básica de saúde (UBS), posto de saúde ou entre em contato com a equipe de saúde de família que atende seu bairro. O encaminhamento ao especialista será realizado por esses profissionais.

Diretor da Sociedade Mineira de Oftalmologia (SMO), Luiz Carlos Molinari esclarece que se deve evitar exames oftalmológicos realizados em óticas. “De acordo com a lei nº 12.842/ 2013 e Julgamento da ADPF 131 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), somente o médico pode prescrever receita para o uso de óculos e lentes de grau, assim como identificar e tratar as doenças que acometem a visão humana”, explica.

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“Além disso, não poderá haver qualquer interação entre atendimento e venda de óculos ou lentes de grau. Primeiro, porque o profissional da ótica é proibido, tanto legal quanto eticamente, de realizar consultas e exames em estabelecimento ótico. Segundo porque são mais de 3 mil doenças que poderão deixar de ser identificadas se o exame for feito por um profissional que não seja médico”, justifica.

Além do atendimento oftalmológico via SUS, é possível encontrar projetos e ações pontuais de ONG’s, sociedades filantrópicas e beneficentes que oferecem consultas médicas gratuitas à população.

Ótica Cidadã

Com a receita do oftalmologista em mãos, é hora de buscar uma ótica para comprar armação e as lentes corretoras a um baixo custo. Nesse caso, é indicado o projeto social Ótica Cidadã, que tem o objetivo de facilitar o acesso a óculos de qualidade a pessoas em situação de vulnerabilidade social. “Estão aptos a participar do programa pessoas beneficiárias de auxílio do governo, como o bolsa-escola ou o bolsa-família; pessoas desempregadas ou que recebem até um salário mínimo”, explica diretora do Instituto Ver & Viver, Sandra Abreu.
Atualmente, o programa abrange óticas localizadas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba, Amapá e Pará. No site do Ótica Cidadã é possível localizar a ótica mais próxima nessas localidades.

As óticas participantes do projeto oferecem uma variedade de 15 armações que podem ser escolhidas pelo beneficiário. O projeto oferece lentes de visão simples (para enxergar de perto ou longe), lentes multifocais (para enxergar de perto e longe por meio da mesma lente), além de tratamentos que trazem conforto, como o antirreflexo.

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